A Criança no Esporte
Inúmeros pais vêm até mim e perguntam se já está na hora de colocar seus filhos em uma modalidade de esporte. Bem, como preparadora física sempre direi que: a qualquer momento.
Surgem então as primeiras das inúmeras duvidas que virão....
Qual o esporte mais indicado para a idade dele?
Qual o melhor esporte para iniciar uma disciplina, desinibir, etc...?
O que acontece que em um primeiro momento a criança pode não responder às nossas expectativas e nem o esporte ser a nossa tábua de salvação.
Alguns pais fazem uma verdadeira via crucis tentando todos os esportes sem se dar conta que o esporte não é para eles e sim para o seu filho e que tudo na vida tem o seu TIME. A criança tem o tempo certo de maturação esportiva também.
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| Competição dos Fraldinhas |
QUANDO UMA CRIANÇA DEVE INICIAR UMA ATIVIDADE FÍSICA?Resposta fácil... se estiver tudo bem fisicamente com a criança, a atividade deve partir desde o nascimento.
O que os pais devem saber e colocar em prática é que as criança não deve ter um cunho de responsabilidade alta na execução do esporte e nem ser obrigada a participar de competições. O pai ao estimular se filho deve esquecer as cobranças excessivas pois elas podem associar a derrota com fracasso e assim provocar aversão ao esporte quando adulto e até causar desordem de caráter. Relaxe e espere...
O PODER DA MODERAÇÃO
Entre o veneno e o remédio a diferença está na dose não é mesmo? O excesso pode acarretar em sobrecarga no organismo e a desistência é Fato.
A partir dos 11 anos já se pode sentir que a criança tem seu esporte favorito e ele mesmo já poe ênfase no aspecto competitivo. Isso se chama associação entre ginástica e jogos. Com 12 anos os pais já devem liberar para um treinamento visando performance.
Idade | Esporte na Criança X Idade |
1-2-3 anos | A atividade física deve ser iniciada o quanto antes |
4-5-6-7 anos | Correr, pular, gritar, andar, subir, cair são algumas das atividades indicadas Direcionar para um esporte pode privar o desenvolvimento de certos grupos musculares |
8-9-10-11 anos | Indicar um esporte favorito Evitar competições para impedir o “conflito emocional” |
12-13-14 anos | Início de treinamento visando resultados Respeitar a maturidade biológica da criança e evitar sobrecarga nos exercícios |
A INFÂNCIA E O JUDÔ
Alunos de uma escola Particular de Porto Alegre... tranquilidade em todas as aulas. Alunos estruturados amparados por seus Pais.
As Escolas Particulares oferecem o Judo como Atividade Extra Curricular.
As Escolas Particulares oferecem o Judo como Atividade Extra Curricular.
Aqui os pais tem um poder aquisitivo muito maior e os alunos tem seus Próprios Judoguis, não acontece isso nas escolas Públicas.
Cada aluno na escola Pública utiliza o Judogui Comunitário
Meninos e meninas interagindo juntos...
sem grandes problemas
A prática do judô na infância e na adolescência pode somar vários benefícios para a vida da criança.
Eu ensino judô para uma faixa etária dos 4 anos aos 12 e não é fácil acertar sempre. Você erra muito porque estes baixinhos não vem com um manual de instrução padronizado. Eles têm personalidades muito complexas dentro de uma mesma turma. Confesso que por vezes fico muito intrigada para saber o motivo de muitas reações das crianças.
Alguns são transparentes nos seus sentimento mas outros são um cofre com a chave lobo escondida dentro de um outro cofre ( risos).
Os pais me dizem: meu filho é agitado, não tem atenção é indisciplinado... bem eu recomendo sempre o judô porque o judô auxilia:
· Beneficamente do físico e do caráter;
· Na transformação da disciplina;
· No equilíbrio mental;
· No tratar o semelhante com respeito e humildade;
· Na transformação de uma criança apática em uma criança útil à sociedade.
As trocas de faixa (grau) não devem ser banalizadas elas devem significar um avanço... Considero que a criança não deve ter em mente que atingiu apenas as técnicas solicitadas para tal mas sim que elas evoluíram também em Caráter e espírito. É de suma importância então que o Sensei seja um verdadeiro mestre e cumpra uma segunda função: o de Guia espiritual. Você pode me dizer que isso é piada ou impossível ou até mesmo que isso não tem nada a ver com o judô, mas afirmo que é bem assim. Somos o espelho dos nossos alunos e conforme vamos moldando para o bem nossos alunos vamos percebendo imediatamente o retorno positivo deles.
O Governo Federal tem Projetos Sociais que visam a qualidade de ensino Público nas escolas com um índice de aproveitamento escolar baixo.
O Projeto Mais Educação é importantíssimo pois mantem as Crianças das periferias em turno integral na escola. Esta crianças tem alimentos aulas de reforço escolar e ...... ESPORTES.
As crianças tem oportunidade de conhecer esporte que usualmente não poderiam participar.
Eu leciono aulas de judô em projetos Sociais e tenho inúmeros problemas com iniciantes. Eles vêm para mim com muita cautela, resguardo e um teor altíssimo de indisciplina, isso tudo muitas vezes acompanhados com maus tratos.
O Processo de adequação às Normas do Judô não é nada fácil para eles em primeiro momento e, diga-se de passagem, até mesmo em um segundo momento (risos)
CRIANÇAS QUE DEMONSTRAM DESPREZO POR REGRAS ACABAM, NA MAIORIA DAS VEZES, CEDENDO À ORDEM E À DISCIPLINA PORQUE NÃO É QUE ELAS NÃO GOSTEM DESTES ITENS É QUE ELAS NÃO CONHECEM POIS SEUS PAIS NÃO AS ENSINAM.
noossa... que maravilha! É um mundo tão diferente do meu e mesmo assim me sinto fazer parte dele. No momento em que ensino e aprendo estou trocando energias com eles e isso é muito gratificante.
Regras e amor... Combinação perfeita para a educação
Com todas as benesses que o Judo educativo tem para o educando na sua formação integral, torna-se indiscutivelmente necessário um professor capacitado para permear este ensino.
Para Garcia e Haas (2003) o professor deve ser um educador, um líder, um exemplo. Ele precisa estar constantemente em um processo de aperfeiçoamento de seus conhecimentos, buscando novas informações e motivação. Deve aprender com a realidade de seus alunos, ser criativo e inspirado com as possibilidades educacionais, expressivas e artísticas que o cercam.
O SENSEI deve também ter domínio do que ensina. Saber as origens, a história do que é passado ao aluno, não precisa ser o melhor judoca, mas sim, conhecer as técnicas demonstrando sem complexidade para que possa ser compreendido pelos alunos.
O SENSEI deve ser um profissional visionário, que não se limita a sua área de atuação, ele tem que estar integrado e interessado no mundo que nos cerca, buscando a formação de seres culturais, atentos às questões sociais, a diversidade, a natureza, a educação e às relações humanas.
Sensei Andréia Ambrósio, Formada em Magistério, Recreação, Educação Física e Pós Graduada em Dança.
